Keblinger

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Aquietar (info Fev&Mar/16) - Carmen Lobão

| quinta-feira, 14 de abril de 2016
Treinamento de Futebol da Equipe B
“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus.” (Sl 46.10a)

“A cada dia, hora e minuto podemos viver momentos de tristeza, de preocupação, de ansiedade. Mas Deus nos declara, por meio dos salmistas (os coraítas), que ele é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas dificuldades (v.1). Depois de afirmar isso, o salmo vai enumerando, nos versos seguintes, diversos percalços da vida; no entanto, em momento algum ele deixa de mostrar plana confiança de que Deus é de fato o Senhor, que Ele está, é o nosso refúgio, é o nosso suporte, nossa rocha eterna, e sabemos que ele tem sempre o melhor para nós. A sua vontade é superior e melhor que a nossa. É por isso que ele nos diz, por meio do apóstolo Paulo: “Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus” (1Ts 5.18). Deus é fiel e age de forma maravilhosa – sempre.” (ETA – Presente Diário)

Membros da Equipe Downline distribuindo alguns brindes para as crianças dos Projetos do Camp

Agradecimentos
- Pela fidelidade de Deus através dos meus mantenedores;
- Pelo apoio de minha família, amigos e igreja;
- Pela oferta extra que consegui levantar para o mês de março. Como não saio muito de Pignon, em janeiro tive uma oportunidade de ir a Porto Príncipe e comprei algumas ferramentas e tintas que precisávamos para o acampamento. Em fevereiro não consegui pagar tudo com minhas ofertas e ficou um saldo para março. Mas graças a Deus e o apoio de alguns amigos “colocar a casa em ordem”;
- Pelos projetos de futebol e escola de reforço que continuam firmes;

Jovens do bairro que organizaram um dia Especial no Camp com música, recreação e, o mais importante para eles, refeição!
Pedidos
- Pela minha saúde (mãos, coluna) que estão incomodando ainda mais e me impedindo de fazer tarefas simples como dar aulas ou ajudar na limpeza e restauração do acampamento;
- Por uma viagem a Cabo Haitiano para procurar um ortopedista, sobrinho do Pr Caleb, para me ajudar com os problemas citados acima;
- Pela minha família no Brasil (salvação, saúde, proteção);
Pelas 2 Equipes de voluntários americanos que já estiveram por aqui e as 10 que estão programadas para vir servir aqui até outubro;
- Pela minha volta ao Brasil, ou não, em definitivo a partir de setembro. Como as coisas estão indo em “meu coração” eu acho que os haitianos estão orando mais para eu ficar que os brasileiros para eu voltar.

Algumas crianças do projeto de futebol se voluntariaram para lavar os tênis de todos. (eles não podem levar os tênis doados para casa)
- Projeto Escolinha de Futebol
Continuamos com o Projeto Escolinha de Futebol. Estamos com uma média de 60 crianças de 5 a 17 anos subdivididos em 3 categorias. As atividades funcionam durante a semana das 16 às 18 horas. Às segundas temos meninos e meninas de 5 a 8 anos que formam a Equipe Mirim. Às quartas meninos e meninas de 9 a 12 anos que formam a Equipe B e às sextas e sábados meninos de 13 a 17 anos que formam a Equipe A. Tenho três jovens voluntários do bairro, Kenold, Cachemy e Herby, me ajudando às quartas, sextas e sábados. Ás segundas eu tenho alguns meninos das Equipes A e B me ajudando a treinar a Equipe Mirim. Recebemos doações de 33 pares de tênis de todos os tamanhos para as crianças usarem durante os treinos. Como são tênis coletivos alguns atletas incomodadas com o “chulé” se voluntariaram a lavá-los de vez em quando.

Antes das aulas de reforço escolar ou quando o sol está muito quente para jogar futebol, eu empresto alguns jogos de mesa para que eles se divirtam um pouco. Preferidos: Cartas e Dominó.
- Projeto Educação e Diversão
Continuamos também com as aulas de reforço escolar de segunda a sexta das 14 às 16 horas. A média é de 35 crianças da vizinhança. Tive que contratar mais três jovens da vizinhança, Cachemy, Djempsky e Paulene para ajudar o professor Jackelin nas tarefas. Às segundas de 14 às 15 eu dou aulas de inglês para as crianças e já comecei a ensinar alguns versículos em inglês também além da aula. Às quartas aulas de inglês e Bíblia para crianças eu continuo com Histórias Bíblicas das 14 às 15. A cada lição eles precisam memorizar um versículo e depois de quatro semanas tem jogos de revisão e um pequeno presente para cada versículo decorado. Aos sábados das 14 às 16 continuo com 7 jovens que passaram para o Básico 2 e continuam firmes nas aulas de inglês.

Família de minha vizinha Monyke (estava grávida). A primeira do Projeto "Meu bairro Melhor". Antes da construção da nova cozinha e Sentina.
- Projeto Meu Bairro Melhor
O nome do projeto veio de um projeto que conheci no SBPV enquanto eu estudava por lá. Um grupo de americanos de Little Rock, AK criou o projeto lá e estava fazendo esta parceria com algumas igrejas de Atibaia, SP, para melhorar algumas praças e escolas de bairros de lá. Quando eu cheguei aqui no acampamento e começamos a melhorar a estrutura veio a ideia de fazer alguma coisa por alguns vizinhos que estavam precisando. Um dia vi que a cozinha de minha vizinha Monike tinha caído e ela estava ao relento (todas as cozinhas são externas aqui porque eles usam lenha ou carvão para cozinhar). A sentina dela já tinha caído também a muito tempo, e ela e os seus seis filhos vinham usar a do acampamento quando precisavam. O mesmo acontece com os vizinhos da frente quando precisam. 

A sentina e a cozinha externa já estão prontas. Na próxima semana vamos pintar.
 Quando o Casal Togo e Thiago vieram em janeiro, eles trouxeram recursos para furar o poço da sentina e fazer a cozinha. Não deu tempo de fazer tudo até a ida deles, mas continuamos o trabalho e estamos na faze da pintura que será feita na semana que vem. Monike que estava gravida, deu à luz ao seu sétimo filho, Mikayel. O marido dela, como muitos haitianos, mora e trabalha na República Dominicana e vem ao Haiti de dois em dois anos para visitar a “família” e “produzir” mais um herdeiro. Não aguento uma coisa dessa.

Mykayel já nasceu e Monyke agora tem um cantinho para sentar e cuidar do novo filhinho.

Projeto Novo Campo
Como há muitos jovens e crianças vindo jogar por aqui, nós passamos os últimos dois meses trabalhando em uma nova área que o Pr Caleb comprou de seu tio para o acampamento. Estamos transformando uma parte dela em mais um campo de futebol tamanho Society para jovens e adolescentes. E um menor para a Equipe B e Mirim. Assim todos vão poder jogar sem eu ter que ficar ouvindo qualquer reclamação do tipo “Eu quero jogar, eu preciso jogar”.
Meus ajudantes e jovens contratdos temporariamente limpando o terreno comprado
Na primeira parte do trabalho usamos os três ajudantes que eu tinha, mas o trabalho era muito pesado e, como 7 outros jovens vieram me procurar para trabalhar durante um mês porque eles queriam comprar algumas coisas do tipo: celular usado que dava acesso à internet e Facebook, um tênis ou mochila novas, uma calça ou sapato para escola, pagar a mensalidade de uma escola, eu aproveitei que tínhamos muito trabalho e os contratei temporariamente, não sabendo como conseguiria dinheiro para pagá-los. Valeria o sacrifício de “apertar mais o cinto”. Gostei da iniciativa e atitude deles. Abaixo ao paternalismo criado por milhares de estrangeiros que durante anos habituaram uma grande parte dos haitianos a não querer trabalhar duro, somente pedir. 

Jovens, adolescentes e crianças ajudando voluntariamente na retirada dos tocos para o Novo Campo de Futebol
Na última fase da limpeza convocamos todos que jogavam por aqui a juntar as forças e arrancar os tocos gigantescos das árvores que haviam sido cortadas, algumas já haviam sido cortadas e outras nós cortamos. Alguns jovens do centro, convocados pelo Pr Caleb vieram também trabalharam nos dois primeiros dias. Quando os rapazes do bairro viram que eles haviam começado a fazer corpo mole, nós os dispensamos e as crianças, adolescentes e jovens do bairro finalizaram o trabalho. No final de cada manhã dávamos uma refeição para os que haviam trabalhado e no final dei um kit de higiene pessoal e estudo para cada um.

O terreno já limpo a espera do trator para deixar tudo retinho para o campo
- Reformas e construções no Camp
Trabalhamos também nas reformas da Casa Azul de hospedagem (troca de telhado, colocação do forro e nova pintura da sala depois o pequeno incêndio da geladeira) e na Casa Missionária 2 onde o casal James e Becky Shaw virão morar a partir de junho. Eles tem três filhos pequenos e vão ser os pais de criação das 12 crianças que tem no orfanato da missão hoje. As crianças do orfanato também vão morar aqui no acampamento. Vamos ter muitas pessoas morando por aqui em junho, fora todos os acampamentos e conferências de verão. Jejum e muita oração para não me estressar muito.

Casa Missionária 2 onde a família Shaw vai morar a partir de junho. Ainda faltam algumas reformas antes de receber a pintura.
Programas no Camp
- No mês de fevereiro os jovens do bairro organizaram um dia de convivência aqui no Camp. Isso não é uma coisa muito comum, pois eles não se acham muito capazes. Ajudamos com a decoração. Cedemos o espaço, o gerador e todo o material que eles precisaram para realizar a programação. Também tive a chance de compartilhar a Palavra do Senhor, com tom evangelístico, com eles.

Coreografia apresentada pelos jovens no Dia de Convivência realizada aqui no Camp
- A segunda e terceira equipes norte americanas a servir aqui com a HIM este ano foram “Peoria Christian School” do Pr. Mark Friday e membros da equipe de Russ Hinderliter da cidade de Pekin, Ilinois. O Pr Mark e sua equipe fizeram uma EBF com as crianças da terceira série do Collège de La Grace lá mesmo pela manhã e à tarde ajudaram nas reformas das Casas Azul e Missionária 2. A equipe do Russ completou mais uma faze do piso de concreto do Armazém de Recursos para auxilia em catástrofes nacionais;

Anggie da equipe de Peoria Christian School fazendo trabalhos manuais com os alunos do Collège de La Grace

A Equipe do Russ fazendo mais uma parte do piso do Armazém no Collège de La Grace
- A quarta equipe foi a Downline com a liderança de Danny Hinton que veio promover um treinamento para líderes das Igrejas Batista Jerusalém mais próximas a Pignon. Tivemos mais de 100 participantes em três dias de treinamento. No primeiro dia houve um problema com o avião do grupo que chegou um dia depois. Tive então, na noite de abertura, a oportunidade de dar meu testemunho e incentivar a liderança local a continuar no trabalho do Senhor.

Mais de 100 líderes das igrejas Batista Jerusalém recebendo um treinamento de liderança dado pela equipe Downline

- Volta ao Brasil

Tenho preparado o coração de todos por aqui dizendo que em setembro volto em definitivo para Brasil. Porém cada vez que digo isso alguém retruca: “Vou orar para que o Senhor a mantenha por aqui” (ou coisa parecida). No meu último informativo disse que minha fase no Haiti no momento era ”Regar e Esperar”. Embora esteja sendo muito árduo o trabalho por aqui com “terra muito seca e pedregosa”, já vejo alguns “brotos” despontando em meio a tanta luta para a glória de Deus. Como as coisas estão indo em “meu coração” eu acho que os haitianos estão orando mais para eu ficar que os brasileiros para eu voltar. Orem comigo! Que Deus continue abençoando ricamente cada um de vocês.
Carmen Lobão
Alguns dos meu alunos de futebol. Eu estou bem ali, na sombra!


Obrigada pelas orações e doações. 
Que o Senhor continue os abençoando ricamente!





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